Nos últimos dias, vimos estampados nos maiores jornais do país o polêmico aborto realizado por uma garotinha de 9 anos de idade, que foi estuprada pelo padrasto e engravidou de gêmeos. Tal fato trouxe para a família e para os médicos que decidiram pelo aborto, uma forte punição pela igreja católica, a excomunhão.
Esta é a maior forma de castigo que a igreja pode aplicar, já que não se usa mais a fogueira...
Os médicos optaram pelo aborto por ser a decisão mais coerente, visto que, a menina corria sérios riscos de morrer e não levar a gestação adiante, contudo a igreja pensara diferente...
O aborto é garantido por lei em duas ocasiões pelo que consta o Código Penal Brasileiro no seu artigo 128, do Decreto - Lei n° 2848 de 07/12/1940, que diz: "Não se pune o aborto praticado por médico: "I - Se não há outra maneira de salvar a vida da gestante.” “II - Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu responsável legal”; e as duas concessões estavam ao lado da pequena mãe.
A polêmica maior foi feita sobre a decisão da igreja, que ao invés de acolher a menina, a expulsa, excomunga tanto sua família, quanto os médicos que salvaram sua vida.
Mas vejamos bem, seria mesmo tão importante estar nesta instituição que obriga, prende, puni a viver tal atrocidade? O que fazer num local como esse?
A igreja se coloca acima do bem e do mal, contesta decisões médicas, que são feitas para o bem estar social, e quer ser respeitada. Mas pergunto, qual o respeito que a igreja Católica teve com o menina, com a criança que ainda brinca de bonecas.
Como pode uma instituição que prega o entendimento, o diálogo, sequer ouvir para tentar entender a situação, se bem que não há o que ser entendido, pois o que ocorreu é a salvação de uma vida. Um crime aconteceu e um circo foi montado, e no centro do picadeiro, a igreja, mostrando mais um número de ignorância e autoritarismo, uma combinação que a sociedade inteira poderia ficar sem assistir...
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