Mais um poema que compõe o livro que estou escrevendo " ATOS DE PHILLOS".
Espero que gostem...


Por onde estará aquela santa de barro?

Onde estará?
Agonizando estará?
Perdida estará?

Mergulhada no álcool
Endiabrada
Perturbada

Me procuras?

Enquanto se entorpece
Enlouqueço com tua ausência
Se bem que...
Enlouquece por não saber se já se foi
Enlouqueço por não saber se já está na vala
Acabada, esfaqueada, saqueada e morta.

Abrupta puta,
Abrupta!

Me procuras?

Se procurasse acharias, pois acá estou,
A servir-te, disposto a acabar contigo,
Acá estou, pronto para entorpecê-la com meu gozo...

Me procuras?
Não!

Não me procuras e me tens.
Há quase vinte anos o estatuto da criança e do adolescente (ECA), foi criado com o intuito de proteger e garantir aos jovens a condição de cidadãos com direitos, não esquecendo dos deveres, como a educação fundamental.
O estatuto em seu artigo 4 prevê que o menor "é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes á vida, à alimentação, à saúde, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária", a punição não está dentro dos princípios e das finalidades do ECA, pois seria incongruente ao documento tratar de punir o que defende.
Nos últimos anos temos visto cenas em que os menores aparecem sendo protagonistas. São eles os assaltantes, marginais (optantes pela marginalidade), viciados, bandidos frios e estrategistas, e o que mais está assombrando... Crianças como assassinas.
Defronte a tudo isso a sociedade se viu temente. Os cidadãos sentindo medo, “põe os pés pelas mãos”, exigem uma atitude, pedem justiça, e a solução encontrada é a mudança da legislação, mais precisamente a redução da maioridade penal, para que as crianças comecem a conhecer o “mundo das grades” mais cedo, como se fosse a solução mais sensata a se tomar, como se a prisão reabilitasse, reeducasse, reestruturasse a personalidade formada por essa sociedade que assim os julgam.
Já sabemos há algumas décadas que a prisão não cumpre seu papel de reabilitar o cidadão, que o sistema prisionário do nosso país é falido, servindo apenas para excluir o individuo, sendo assim, fica claro que colocar os menores infratores na cadeia é mais uma medida injusta e nada eloquente de acabar com a criminalidade.
Entendendo, reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos é uma atrocidade que pode não haver volta, pois se for sancionada essa lei os aliciados serão os menores de 16... É uma bola de neve sem fim.
Há muitas outras formas para que a criminalidade infanto-juvenil tenha fim, a educação, por exemplo, é o canal para o desenvolvimento do país e ao invés de procuramos um “remédio” para sanar esse mal, poderíamos nos preocupar com a “vacina”... Vendo que nossas crianças são vitimas de um sistema, em que nós também sofremos. Nossos jovens estão sendo obrigados ao trabalho escravo logo na infância, à exploração sexual, violência praticada muitas vezes por pessoas da própria família e sem lazer, com uma educação ruim e uma família desestruturada o caminho do ócio, do prático é muito mais “chamativo”.
Prender essas crianças, sem dar-lhes a atenção necessária é sem duvida um crime muito maior do que o cometido por elas, pois a dignidade é um direito universal a todo ser humano e sendo as crianças o futuro da humanidade, esse mal não terá retorno, a raiz da impiedade restará e arrastará mais jovens à esse caminho da degradação.

O berço do preconceito

Claramente, onde é que o preconceito nasce, onde ele surge?
Todos temos nossas famílias e respectivamente cada individuo recebeu a educação que seus pais consideravam a mais correta e indicada para o sucesso dos filhos, contudo, será que a ‘educação’ dadas pelos pais rege o principal conceito para a formação de um cidadão, que é o respeito para com tudo e todos na sociedade.
O respeito é fundamental para a convivência em comunidade, para o bem estar social e até mesmo individual, pois quem não se respeita, não consegue respeitar o outro, nem mesmo o ambiente em que vive.
A falta de respeito está diretamente ligada a educação advindas dos pais, que não criam a personalidade, a idoneidade dos filhos, mas interferem de forma primordial para a mesma, sendo assim a criança que cresce vendo desrespeito não tem outra opção a não ser copiar os atos dos pais, claro que há as exceções, mas falamos de forma generalista.
Ele surge quando o indivíduo, ainda criança, em sua etapa de desenvolvimento e de apropriação do que é certo e errado, vê uma cena de discriminação de seu pai, entendendo que este faz o que é certo, portanto discriminar é o certo a se fazer, e começa a praticar atos semelhantes que são ovacionados em vez de repudiados.
O preconceito é falta de respeito, logo falta de educação, pois não foi ensinado que não se deve julgar, criticar, maltratar, humilhar o outro. Vem de casa por que toda educação psicológica deve vir com a criança através da observação que fazem de seus pais, familiares, amigos, enfim, da observação que faz do mundo que a rodeia.
Esse problema é antigo, é uma falta de educação que vêm de gerações, pais erram copiando erros de seus pais, que não tinham como questionar, uma vez que era proibido protestar o que seus pais diziam.
Mas hoje, esse problema causa indignação social, pois tomou uma proporção imensa, por não ser resolvido em seu “nascimento”, ele vem embalado numa bola de neve, que parece não ter mais fim.
Observar e procurar de onde vem como começa é o primeiro passo para que haja o extermínio desse mal que está presente há tantos séculos em nossa humanidade. Um mal que já matou, já exilou, excluiu e machucou tanta gente.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luiz Vaz de Camões
Levo verdades, angustias, tristezas
Derrotas, alegrias...

Levo verdadeiras angustias
E tristes derrotas

E as alegrias?
Ah, sim. Às vezes a levo também

Agarro-me a sonhos, frustrações
Desejos, falsidades, alegrias...

Sofro com os sonhos frustrados
Com os falsos desejos

E sofro com as alegrias que não tive

Ostento em meu peito a gloria da vida
Com ou sem alegrias, eu vivo...
Uns nem isso...
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INTRODUÇÃO

O preconceito não surge, não aparece de repente na vida das pessoas, ele nasce com elas. O preconceito nada mais é do que as idéias e opiniões que se têm do que não se conhece, como o próprio nome diz, pré-conceito.
Sendo assim, todas as pessoas têm seus preconceitos a partir do nascimento, à partir do momento em que raciocina e pensa, e isso é normal e sadio para a construção da identidade, para o descobrimento de novas coisas, enfim para o aprendizado, porém o que faz com que o preconceito seja repudiado é a sua utilização prática.
As pessoas usam suas concepções mal elaboradas, mal formadas, para julgar atitudes, práticas, modos de agir e de pensar... Usam suas idéias defeituosas para o julgamento de pessoas, de seres humanos.
Encontramos inúmeras formas de desrespeito, por que o preconceito de que estamos falando é a mais pura expressão da falta de respeito, da falta de educação.
Pois bem, chego ao ponto de discussão, o preconceito é uma forma de inibição, coerção, baseando-se na prática de julgar, criticar e recriminar, no entanto, de onde veio o preconceito, como ele se cria, se alimenta, como toma forma, se apresenta, se mostra, como ele cresce e fere o outro, como acabar, como eliminá-lo da vida social, é possível, é vantajoso, é fácil?

Este texto está sendo escrito sem nenhum interesse bibliográfico, contudo se interessar a alguém a elaboração do mesmo para tal, estarei disposto a criá-lo e estruturá-lo cientificamente.
É um texto denso, contando com mais algumas partes que estarão sendo publicadas neste blog.
Espero que gostem e que comentem para dar mais conteúdo às discussões.
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